Mariana D'Andrea, atleta ituana, escreveu seu nome na história das Paralimpíadas com a conquista
DA REDAÇÃO - com informações da Assessoria de Imprensa do CPB
FOTOS: Takuma Matsushita/Comitê Paralímpico Brasileiro
Publicada em 29/08/2021 - 09h23
A ituana Mariana D'Andrea, de 23 anos, conquistou a primeira medalha de ouro brasileira no halterofilismo na história dos Jogos Paralímpicos. Competindo na tarde de Toquio, Japão, em horário que era madrugada deste domingo no horário brasileiro, a atleta, da categoria até 73kg, levantou 137 quilos e superou a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata (134 quilos). O bronze foi para a francesa Souhad Ghazouani (132 quilos).
Desde que iniciou a carreira no halterofilismo, Mariana sempre se mostrou focada e dedicada a obter os melhores resultados. No pódio, no momento de receber a medalha, a atleta ituana viu todo o seu trabalho recompensado e hoje pode se orgulhar de ter escrito o seu nome na história das Paralimpíadas e da modalidade no Brasil.
Premiação, no pódio: Mariana D'Andrea, ao centro, medalha de ouro. À esquerda a chinesa Lili Xu, que ficou com a prata e à direita a francesa Souhad Ghazouani, medalha de bronze
"Esperava muito por este momento. Não tem gratidão maior do que ganhar esta medalha após cinco anos de treinamento. Agradeço a todos pela torcida e pela oração. Quero deixar registrado aqui, que se você tem sonho, corra atrás dos seus objetivos e os conquiste", disse Mariana. Além do ouro da atleta, o Brasil tem outra medalha no halterofilismo paralímpico: a prata de Evânio Rodrigues da Silva nos Jogos Paralímpicos Rio 2016.
Este foi o sétimo ouro do Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Além de Mariana, o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio com Gabriel Bandeira (100m borboleta na classe S14), Wendell Belarmino (50m na classe S11), Silvânia Costa (salto em distância na classe T11), Petrucio Ferreira (100m rasos na classe T47), Yeltsin Jacques (5.000m da classe T11) e Wallace dos Santos (arremesso de peso pela classe F55).
Somando este pódio, o Brasil já conquistou 326 medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Além disso, com esta vitória de Mariana, o país chegou à 94ª medalha de ouro - faltando seis para a 100ª. Ainda são 117 de prata e 115 de bronze.
Carreira Brilhante
Líder do ranking mundial na sua categoria, Mariana D'Andrea é portadora de nanismo. Seu atual técnico, Valdecir Lopes, a viu na rua, em 2015, e a convidou para praticar halterofilismo. Além deste ouro conquistado em Tóquio, a atleta, nascida e criada em Itu, foi ouro na etapa de Tbilisi da Copa do Mundo 2021 e também subiu ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Parapan-Americanos de Lima 2019.
A grande vitória da atleta ituana foi transmitida para mais de 100 países e no Brasil foi transmitida ao vivo pelos canais SporTV e da TV Brasil. A delegação brasileira, este ano, está participando das Olimpíadas Paralímpicas com o patrocínio das Loterias da Caixa.
Confira as fotos da conquista de Mariana
Antes da conquista do ouro, Mariana D'Andrea se concentra para a prova final
Mariana ouve o resultado da prova: ela ganhou o ouro
Chorando muito de tanta emoção, Mariana recebe o abraço do técnico Valdecir Lopes
No pódio, Mariana, novamente, não contém a emoção de segurar a medalha de ouro
A bandeira de Itu em Toquio, desfraldada para o registro da foto da Delegação do Brasil
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