Imagens pinceladas une fotos tiradas no celular

com impressões em uma técnica do século XIX

Imagens pinceladas une fotos tiradas no celular

com impressões em uma técnica do século XIX

Imagens pinceladas une fotos

tiradas no celular com impressões

em uma técnica do século XIX

DA REDAÇÃO - com informações da Assessoria de Imprensa do Evento
FOTOS: Divulgação

Atualizada em 13 de novembro de 2021 - 07h10

Duas técnicas fotográficas distintas, separadas por quase duzentos anos de história, e uma performance marcam a exposição "Imagens Pinceladas" aberta na sexta-feira, dia 12, no Bar Confrades, em Itu (SP). Os trabalhos são assinados por Paulo Aranha, artista visual e cineasta, e Marco Gonçalves, fotógrafo e coordenador de um espaço dedicado às artes visuais em Itu. Enquanto as imagens de Paulo Aranha foram produzidas a partir de um celular e aplicativos de edição acoplados ao aparelho, as imagens de Marco Gonçalves utilizam a cianotipia, uma das mais antigas técnicas de impressão fotográfica, criada em 1842 pelo cientista britânico John Frederick Herschel.

Gravura produzida pela técnica da cianotipia, criada no século XIX, do acervo da exposição

Embora sigam processos bastante distintos, os dois trabalhos têm em comum uma tendência ao abstrato, uma vez que, nas imagens em exposição, a realidade não é algo evidente aos olhos do observador. Munido de seu celular, Paulo Aranha opera como um caçador de imagens no cotidiano. Porém, interessa-lhe detalhes que passam despercebidos aos olhos menos atentos. São recortes de superfícies e de lugares que se convertem em abstrações, ou algo próximo disso, em virtude das intervenções que realiza nas imagens captadas, especialmente nas cores originais. Assim, enquanto no mundo ideal da fotografia deformações cromáticas são consideradas “aberrações”, nas imagens de Paulo Aranha são seu elemento expressivo.

Já Marco Gonçalves utiliza a cianotipia para a produção de fotogramas em que elementos estranhos, quase indecifráveis, flutuam sobre uma variedade de azuis, a cor característica da cianotipia, resultante da exposição de sais de ferro à luz solar. As variações tonais, entre o azul profundo e matizes esverdeadas, é produto de experiências que o autor realiza com diferentes tipos de papel e a adição de soluções químicas. A exposição fotográfica permanecerá aberta ao público até 28 de novembro.