Mariana D'Andrea, na chamada do Fantástico, da Rede Globo
DA REDAÇÃO - com informações da Assessoria de Imprensa da Prefeitura de Itu
FOTOS: Reprodução Rede Globo e Arquivo pessoal
Publicada em 29 de janeiro de 2023 - 15h20
A halterofilista ituana Mariana D’Andrea, atual campeã paralímpica e vice mundial, está entre os entrevistados pelo médico Drauzio Varella para a série sobre Nanismo, produzida para o programa Fantástico, e que tem como objetivo “explicar a genética por trás da deficiência no crescimento; quais são os desafios que as pessoas com nanismo enfrentam; como os avanços da medicina estão oferecendo melhor qualidade de vida para as novas gerações; as iniciativas pelo fim do preconceito e por melhor acessibilidade – e como essa luta pode ganhar muito com uma simples mudança de olhar de cada um de nós”.
O primeiro episódio da série foi ao ar na noite do domingo, dia 22. Mariana D’Andrea, que compete na categoria 73 kg, foi entrevistada para o segundo episódio, que foi ao ar dia 29, quando a série enfocou a importância dos pais de crianças com nanismo incentivarem a atividade física - que podem ajudar a prevenir problemas de saúde, além de melhorar a qualidade de vida e promover a inclusão – e o fato do esporte paralímpico ser capaz até de oferecer um caminho profissional às pessoas com nanismo, como foi o caso da Mariana.
Valdecir Lopes, o primeiro e único treinador da atleta, que ingressou nos treinos aos 15 anos, acredita que o esporte paralímpico é o melhor caminho para a pessoa com deficiência e ressalta a importância da série sobre Nanismo para que mais pessoas sigam os passos de Mariana. O técnico conta que conheceu a atleta na porta da academia, se atentou à estrutura física e massa óssea compatíveis e favoráveis ao halterofilismo, e logo a abordou porque identificou o potencial de Mariana.
Ele lembra que, no início, Mariana não gostava muito de treinar, mas com as competições, a interação com atletas com o mesmo nível de deficiência, as conquistas, de modo especial a obtida na Malásia, em 2016, quando competia pela categoria Júnior.
Ao longo de sete anos dedicados ao halterofilismo, os principais títulos conquistados por Mariana são: Ouro no Europeu 2018, Ouro no Parapan 2019, Ouro na Copa do Mundo 2021, Recordista Brasileira, Recordista das Américas, Recordista Mundial Júnior, Atleta feminina do Brasil que mais levanta peso na modalidade do halterofilismo de qualquer categoria de peso, participação nos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, Prêmio de atleta revelação 2017, Prêmio de melhor atleta da modalidade em 2018, 2019 e 2021, primeiro lugar no Ranking Paralímpico de Tóquio 2020, medalhista de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020/2021, medalha de prata no Campeonato Mundial 2021, medalha de ouro no Open das Américas 2022, medalha de ouro na Copa do Mundo 2022, primeira mulher na história a conquistar uma medalha em Jogos Paralímpicos na modalidade de Halterofilismo.
Mariana gravou cenas na academia onde treina
Vida independente
Muito conhecida e querida na Vila Prudente de Morais, bairro onde cresceu, Mariana é um exemplo de superação e dedicação. Leva uma vida absolutamente normal e nos útlimos meses tem sido vista dirigindo seu próprio carro, um Chevrolet Ônix.
"Tenho habilitação desde 2018, mas eu não tinha o carro, e os outros carros não tinham adaptação pra eu poder dirigir. Eu soube da adaptação pelo meu colega de treino, que também possui nanismo e no dia 16 de fevereiro vai fazer um ano que eu estou dirigindo", afirma a atleta. "O carro é adaptado por uma empresa de Sorocaba, a adaptação é somente nos pedais, que são os prolongadores".
Filha dedicada e prestativa, Mariana é sempre vista conduzindo o pai, Carmine, pela cidade. Ela diz que vai para todos os lugares e não em medo de dirigir. "Eu nunca tive medo, eu sempre gostei e me senti super bem quando eu comecei a tirar a habilitação. Vou para todos os lugares e Pego estrada normal, pra qualquer lugar. Já fui pra casa da minha vó, 8 horas dirigindo", relata.
No Fantástico, que foi ao ar neste domingo, a frase da Mariana resumiu o que ela diz: "o que eu quiser, eu posso fazer".
Mariana D'Andrea dirige o próprio carro, que é adaptado, e já encarou estrada dirigindo por 8 horas
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