Todo ano começa da mesma maneira. Além das intermináveis e às vezes intangíveis promessas, o mês de janeiro é por muitos um choque de realidade depois de um dezembro em que a maioria ganha mais, por conta do décimo terceiro salário, e gasta como se não houvesse amanhã, com presentes e confraternizações diversas.
Não há erro algum em usar o seu dinheiro como você quiser, mas colocar a culpa no primeiro mês do ano é oportunismo. Todos sabem que o amado IPTU e o querido IPVA chegam, além de material escolar, quiçá matrícula para quem está mais atrasado, e a fatura do cartão dos excessos de dezembro. Logo, indispor-se com janeiro passa recibo de pouca organização com suas finanças.
Quem pode pagar à vista os tributos de janeiro, é recomendado. Para quem não pode, importante lembrar que essas despesas serão companheiras durante os meses que o parcelamento permitir. E não há mal algum, nisso, apenas entender que essas saídas precisam estar dispostas no orçamento familiar de agora em diante. Ora, se tenho parcelas extras durante alguns meses do ano, é necessário lembrar que a família precisa gastar até o limite de suas entradas.
A rotina financeira lembra muito um plano alimentar, por mais estranho que possa parecer. Se para atingir um objetivo, seu nutricionista calcula o limite de porção de arroz em 100 gramas e 125 de carne para uma dada refeição, para atingir o objetivo você não pode passar dessa quantidade.
Repetindo o raciocínio, para um dado mês, você não pode gastar acima das despesas que você orçou para atingir seu objetivo. E para facilitar, saiba quanto você pode consumir em cada refeição, ou melhor, quanto você pode gastar em cada área de sua casa: é o que chamam os especialistas de teto orçamentário. Acredite, é transformador saber de antemão o quanto você pode gastar no mercado, no restaurante, na saída com os amigos, e até num presente: seu poder de seleção ficará maior e você gastará muito menos.
Não brigue com janeiro, tampouco brigue com você do dezembro do ano passado. Faça as pazes contigo e com o calendário, pois só assim seu planejamento financeiro terá chances de surtir efeito. Só se planeje.
Marcelo Fioravante - Bacharel em Administração de Empresas, com pós-graduação em Gestão Estratégica e Gestão Financeira, exerce a atividade de consultor empresarial e financeiro desde final de 2018. Neste período, já atendeu mais de 140 clientes, entre famílias, empresas familiares e profissionais liberais e autônomos, em Itu ou outras cidades como Salto, Porto Feliz, Sorocaba, Guarulhos, Campinas e Indaiatuba.
Antes se tornar consultor, trabalhou no administrativo e no departamento financeiro da empresa da família, a Cerâmica Fioravanti Ltda, de 1996 a 2018; concomitante a isso, foi acionista da Cerâmica Império, em Elias Fausto, e empresário no ramo imobiliários, com locação, compra e venda de imóveis.
Algumas habilidades de liderança e gestão foram lapidadas através de cursos como o feito na Sociedade Latino Americana de Coaching em 2019. Ainda, fez parte da maior organização mundial de networking, o BNI, de 2019 a 2022, na cidade de Salto, e foi embaixador e diretor da BNI na cidade de Itu entre 2021 e 2022; com essa experiência, aumentou potencialmente sua rede de conexões através de parcerias estratégicas e palestras sobre networking, gestão, finanças e empreendedorismo. Por dois anos escreveu artigos sobre educação financeira e empreendedorismo na Revista Singular, de Itu.
Por fim, em 2021, tornou-se idealizador e investidor do projeto Armazém Mais Que Natural, em Itu, empresa de produtos naturais onde capitaneia a estratégia e as finanças.
Acredita piamente no seu slogan: “gestão financeira não te imuniza do fracasso, mas te aproxima do sucesso”, e sua chave para o sucesso é: ouvir até ficar rouco, estudar até ficar louco”.